Às vezes sinto que já não sinto, por sentir que o absurdo do que sinto é tão imenso e óbvio. Às vezes já nem acordo, por saber que a noite me anestesia e alivia e embala e eleva e me faz sentir que afinal sinto, sinto, sinto muito. Às vezes minto, mas só a mim mesmo, por acreditar que nenhuma dor é inevitável, que nenhuma saudade chega antes de chegar. Hoje sinto, hoje me evaporo, hoje me esqueço, hoje me lembro. De mim, de ti. Do óbvio
Sem comentários:
Enviar um comentário