sexta-feira, 16 de outubro de 2009

ESTA EU TINHA DE PUBLICAR


Eu gostava, um dia, de dizer que os portugueses não acham as brasileiras todas uns “putões”. Aliás eu defendo esse "não" até à exaustão, mas com uma anormal destas, de seu nome Maítê qualquer coisa, como referência, as brasucas têm mesmo é de passar um mau bocado.
Vejam o vídeo depois de ler o texto seguinte e vejam lá se não tenho razão…
“Cara Maitê,
Acabei de ver o teu vídeo a pedir desculpa aqui à malta de Portugal!!
Tudo jóia miúda.. já vi que és uma garota "légál" e brincalhona, por isso, sei que não levas a mal se te tratar por tu...já somos amigos!!
Sabes que há uns anos atrás, quando te vi pela primeira vez, soube logo que tu tinhas dois avôs portugueses!! Essa tua beleza tinha de vir de algum lado né?
Neste momento sinto-me envergonhado de nós (Portugueses) termos ficado tão ofendidos com aquele documentario!! Afinal de contas, o pessoal brazuca é show de bola.. é sempre em festa!! Qual é o problema de um grupo de brasileiras brincarem e gozarem com "gajos" como o Camões e o Vasco da Gama, escarrar para um lago de um Mosteiro que é património mundial, deitar a baixo uma pessoa que não sabia resolver um problema no computador, que pelo que entendi, tu também não sabias resolver ... qual é o stress?? Na boa, tudo "légál", show de bola garota...
Sabes o que me lembrei???
Até era giro a malta combinar, tu falares com esse teu amigo camera man e fazemos o seguinte: Eu levo daqui o Rui de Carvalho (um conceituado actor aqui de Portugal) aí ao Brasil e a malta faz um filme caseiro com este guião:
1º Filmamos o Rui a mijar para os pés do Cristo Redentor e a fazer um V de Vitória como que a afirmar : "estou-te a mijar para os pés e tu não podes fechar os braços para me impedir... estás a ver quem manda ó 7º maravilha do mundo??"
2º Outra imagem era o Rui num restaurante a fazer o seguinte pedido: "Oh garçon, arranja-me aí uma dose de Presidente recheado com arroz de coentros (caso não tenhas entendido ele iria pedir Lulas recheadas)..."
3º Também era "légál", o Rui gozar um bocado com a vossa história, mas infelizmente, não vai dar porque não é fácil encontrá-la... Espera lá! Já sei... arranjamos um barco e o Rui veste-se de conquistador Português a desembarcar no posto 9 em ipanema gritando o seguinte: "quem sois vós minhas popozudas de fio dental?? e vós seus boiólas de sunga?? Que estaides a fazer assim vestidos na terra que eu descobri??? ide-vos vestir e de seguida ide trabalhar para os campos a apanhar cana de açúcar que é para isso que vocês servem!! (esta é show, não é Maitê??)
4º Para acabar, o Rui faz um discurso à frente da estátua do Pélé a dizer: "sabem para que é que este preto era bom?? para limpar os escarros que os vigaristas dos brazucas mandam para os lagos dos nossos mosteiros lá em Portugal!"
Vôcê curtiu a ideia Maitê??? Pensei que seria falta de respeito e de educação fazer uma coisa deste género de um país que não é o meu, mas afinal, é uma coisa normal como tu dizes.. é brincadeira.. isto há brincadeiras do carago (como se diz no norte cá da terra)!
Ah é verdade... muito importante...Depois vendemos isto à rede Globo e eles transmitem isto em horário nobre... Aposto que o Brasil vai ficar inundado em lágrimas de tanto rir!! Afinal de contas como tu disseste, o povo brasileiro, é muito brincalhão! De certeza que vai aceitar que um "manézinho" vá aí à tua terra gozar com a tua pátria!!
Um beijo pá..
E aparece mais vezes cá em Portugal. Tenho uma brincadeira que adorava fazer contigo, mas que não te conto agora... pronto está bem, eu conto... era esfregar 3 pasteis de nata (aqueles que tu comeste) na tua cara!! Deve ser mesmo o teu género de brincadeira... afinal de contas tu és tão bem humorada! É verdade, traz as tuas amigas do programas porque há pasteis para todas!!
Beijos pá
Zé Manel de Portugal
Nota: Usei o nome de Rui de Carvalho sem qualquer desrespeito à sua pessoa, antes pelo contrário, é um símbolo do nosso país daí ser a pessoa exacta para ironizar esta situação.”

Bem hajas Ricardo por tão belo texto…

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

OS ALARMISTAS DO COSTUME


Não podia deixar de escrever sobre os alarmistas do costume. Não se cansam de anunciar desastres e cataclismos iminentes., no negócio da castanha. Estes profetas da desgraça vivem em perpétua e feliz imputabilidade. Não sabem, nem querem saber quem irá pagar as extravagantes medidas profiláticas para desgraças que, afinal, só existem mesmo nas suas imaginações inflamadas.
Depois do aquecimento global, chega a vez da castanha. Baseados em estudos "científicos", os arautos do fim do mundo proclamam agora que as Terras do Norte estão quase a ficar devolutas das sápidas criaturas. As doenças em catapulta e as catástrofes em massa estariam a levar a castanha à extinção, imagine-se! Como não podia deixar de ser, a factura a pagar para fugir ao pesadelo cairia sobre as costas largas dos pequenos produtores: até já houve quem propusesse o fim da apanha da castanha por dois ou três anos. Valha-me Deus! Que seria da indústria nacional se alguém ligasse a esta malta?
Com estes disparates, esta tropa só revela, mais uma vez, a sua total irresponsabilidade económica.
Venham as feiras, as cooperativas, a civilização, etc. Chega de ficarmos a vislumbrar o mar quando não o temos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

TELEGRAMA PARA O ALÉM


Há ideias muito estúpidas. E há ideias extremamente estúpidas. E depois há ideias que são tão estúpidas que precisavam de um adjectivo novo mas que ainda ninguém conseguiu inventar. Mas estará para breve, de certeza, depois do que vão ler, compreenderão o que quis dizer.
Por exemplo, esta ideia estapafúrdia: nem sei bem como a classificar. Alguém teve a ideia de criar um serviço de telegramas para... o além. É, não me enganei.
O grande problema, é que como o além não tem indicativo telefónico, nacional ou internacional, não dá para ir aos CTT e utilizar os meios normais de envio. E vai daí os autores da ideia pensaram que o melhor era usar mensageiros, como se fazia antes do mundo ser mundo, quando não havia telefones nem Internet, nem nada, apenas castelos e palhotas. A diferença é que os mensageiros do antigamente iam a cavalo e a pé e estes vão... bem, vão de outras formas.
Basicamente a ideia é a seguinte: - Pede-se a um doente terminal, voluntário (muito importante), para memorizar um texto de um telegrama e o destinatário. E quando morrer ele promete que vai tentar por todos os meios que estiverem ao seu alcance para entregar a mensagem a quem de direito. Barato? – perguntam vocês. Claro que não é à borla. Custa 5 eurozinhos por palavra. Provavelmente isto irá se enquadrar na definição de "chamada de longa distância (bastante)" os quais são entregues a uma instituição de solidariedade ou aos familiares do voluntário mensageiro, que só pode ser maluquinho, sem duvida alguma. A empresa não lucra nada com isso (que é o eles dizem). E, obviamente, como não é possível verificar se o telegrama é entregue, o cliente paga pela tentativa de entrega. Só assim fará algum sentido.
E agora vem a última ideia estúpida: para obterem lucro, já que não conseguem com a sua nova e revolucionária rede de telecomunicações, lembraram-se de fazer um cemitério virtual, um conceito que é ainda mais estúpido que o de mandar telegramas para o além e que por 500 eurinhos pode ter o seu espaço virtual de descanso eterno... Ok, pois, deve ser.
Mas de qualquer maneira, fiquei bastante impressionado. Acho que vou mandar um telegrama para o nosso rei, D. Afonso Henriques, a perguntar se era isto que ele tinha na cabeça quando decidiu armar-se em rei independente e andar a dar umas porradas à mãe (será violência doméstica) e uns pontapés nos espanhóis (isso não é de certeza violência doméstica).