quinta-feira, 5 de agosto de 2010

ELES “ANDEM” AÍ…



O mês de Agosto, cá em Portugal, tem cada coisa…
Quando me pedem para falar deste mês, tenho sempre alguma dificuldade em me pronunciar. Nunca sei se hei-de dizer que é o mês das férias para a maioria dos portugueses se é o mês daquelas personagens castiças que por ai proliferam a zumbirem qualquer coisa entre o frantuguês, o alemonês, o espanholês, e por aí fora.
As santas terrinhas enchem, parecem cidades. O comércio no interior revitaliza, as lojas passam a ter muito mais oferta. E depois os bailaricos, as festas.
Confesso que quando era mais novo me irritavam um bocado, mas depois, assim que percebi que devia era divertir-me com as musica pimba em altos berros, os carros "bombas", alugados para as férias, as curvas feitas com os pneus a “xiar”, mudei de opinião, hoje vejo-os de forma diferente. Hoje vejo-os como forma de diversão.
Este ano é vê-los de camisolinha da selecção (e ela é linda…) com uns calções assim a modos que… Também adoro as camisolas de cavas. Ele há brancas, azuis, verdes e todas as outras cores que nós cá em Portugal não conhecemos. Adoro aqueles mais sofisticados, aqueles que usam sandálias com “soquetes” branquinhos (adoro, adoro, adoro…perdoem-me este momento abichanado)
No planeta Carrazedo de Montenegro, nem imaginam as pérolas que me aparecem por lá. É putos aos berros, a falar uns com os outros em… sei lá que língua é aquela, numa correria monstruosa e irritante. Na minha humilde opinião, eu acho que eles lá estão oprimidos, e aqui abrem as goelas pois se sentem livres.
Os termos "tu faz atenção" ou “precisamos de marcar um “rendez vous”, são um preciosismo do próprio emigrante, pois já é tempo de nós aprendermos a falar estrangeiro. Que lógica tem, eles virem cá no verão e ainda têm de falar a nossa língua…
É raro, mas a tugaria fala entre si em português (dizem eles), o que é sempre bom para as criancinhas aprenderem a língua mãe. Oui c´est vérité.


Não queria acabar este post sem dizer que também conheço emigrantes que não têm nada a ver com estas fitas. Gente normal, com colagens perfeitas em português “escorreito”. O povo pensa que não mas eu posso afirmar que também os há, mas a verdade é que conheço mais emigrantada, daquele género pró divertido, do que normais.
Para o próximo “année” eles voltarão, isso é certo, mais divertidos que nunca.

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